
Residência artística “seRparAção – políticas do dançar e da iMpertinência” apresenta intervenções performáticas na Rodoviária do Plano Piloto
Projeto artístico idealizado por Camillo Vacalebre levará as pessoas a conferir performances criativas e provocativas abordando várias formas de exclusão social.
Realizar um processo de criação colaborativa, escuta e experimentação artivista a partir da diversidade. “seRparAção- políticas do dançar e da iMpertinência” é uma iniciativa inédita do pesquisador, professor e coreógrafo Camillo Vacalebre que vem promovendo, desde junho deste ano, uma residência artística com inspiração na prática “Políticas do Dançar”, derivada do processo de investigação do artista negro estadunidense Ishmael Houston-Jones. O resultado final poderá ser conferido nos dias 2 e 3 de agosto, sábado e domingo, às 11h e às 14h, na Rodoviária do Plano Piloto (Plataforma 1- arredores da Pastelaria Viçosa). Gratuito. Livre para todos os públicos. Mais informações: @ser.par.acao – Instagram.
Realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), o projeto contou com nove encontros formativos e colaborativos com foco em práticas de escuta, experimentação ativista e composição entre as diferenças, a partir de temas como racismo, capacitismo, gordofobia, transfobia, etarismo, colonialismo e outras formas de exclusão.
Processo – Durante os meses de junho e julho deste ano, o grupo selecionado se reuniu aos domingos no Centro de Dança do DF, com orientação de artistas convidados como Juma Pariri, Estela Lapponi, Marcos Davi, o coletivo Transverso/Patrícia Del Rey e o idealizador e diretor Camillo Vacalebre. “O nome desorganiza a palavra comum ““separação”” para fazer emergir novos sentidos: ser na separação, separar para ser, ser em ação, e afirma a diferença como força poética e política”, ressalta Vacalebre.
“A partir desse processo, foram criadas estruturas de ação que agora vão ao encontro do público na Rodoviária do Plano Piloto, um lugar de trânsito, de trabalho, de encontros e separações, de marginalidades, de resistência e de todo tipo de presença e expressão. Por lá, as pessoas poderão conferir essas performances criativas e provocativas”, destaca Vacalebre. Cada intervenção dura cerca de 50 minutos.
Navio dos Loucos – As apresentações públicas têm como fio condutor o tema “Navio dos Loucos” e provocam perguntas como: Quem são os corpos e presenças historicamente marginalizadas? O que é Corpo Intruso? Quais mundos se tornam possíveis quando se desafiam as rotas da normatividade?
“É um aprendizado comovedor fazer essa travessia juntes, em um mar de afetos. Houve encontro, escuta e co-criação em um grupo heterogêneo, tecido por pessoas de diferentes territórios, identificações identitárias e idades — com deficiência visual, auditiva, físico-motora, com síndrome de Down, com condições de neurodivergência e pessoas sem deficiência”, relata o idealizador.
Segundo Camillo, as intervenções não pretendem oferecer um espetáculo pronto, com início, meio e fim. A ideia é a de abrir um campo de presença, escuta e provocação no espaço público.
“O público será convidado a presenciar e, talvez, se implicar em composições coreográficas que se fazem no instante, como um tecido que se trama entre presenças. Em meio ao fluxo da rodoviária, surgem gestos que desafiam normas, afetos que reorganizam o olhar, corpos que afirmam sua existência em coletivo. O inesperado, o precário, o poético e o político convivem — e, por vezes, colidem”, exalta.
Imersão – A iniciativa imersiva contou com inscrições e ofereceu 16 bolsas remuneradas no valor de R$ 1200 e MAIS 14 VAGAS DE PARTICIPAÇÃO sem remuneração. As bolsas foram destinadas para pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, com prioridade para aquelas que enfrentam múltiplas formas de exclusão como mulheres, maternantes, pessoas negras, indígenas, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência (PCDs), pessoas obesas, pessoas idosas e aquelas que vivenciam interseccionalidades desses marcadores.
Ficha Técnica
Idealização, Coordenação e Direção artística: Camillo Vacalebre
Direção de Produção: Janaína Mello – Ninja Loka Produção
Apoio Artístico pedagógico PCD: Janaína Mello – Ninja Loka Produção
Gestão administrativa: Janaína Mello – Ninja Loka Produção
Produção executiva: Carol Barreiro, Thaís Cordeiro, Ivone Oliveira
Assessoria de acessibilidade cultural: Ian Harum e Roselene Fernandes de Castro
Ativistas-provocadores: Juma Pariri, Estela Lapponi, Marcos Davi, Coletivo Transverso/Patrícia Del Rey e Camillo Vacalebre.
Design gráfico: Tiago Ianuck, Camillo Vacalebre, Jéssica Paiva
Comunicação e Gestão de mídias sociais: Jéssica Paiva
Audiodescrição: Lúcia Corrêa, Levy Mello
Interpretação em Libras: Marcos Davi, Geovana Meireles
Assessoria de Imprensa: Clara Camarano
Fotografia: Sâmi Queiroz, Rafael De Paula / BORA LAB
Vídeomaking: Sâmi Queiroz, Rafael De Paula / BORA LAB
Serviço: Residência artística “seRparAção – políticas do dançar e da iMpertinência” apresenta intervenções performáticas na Rodoviária do Plano Piloto
Data: 2 e 3 de agosto de 2025, sábado e domingo
Horário: 11h e 14h
Local: Rodoviária do Plano Piloto (Plataforma 1- arredores da Pastelaria Viçosa)
Gratuito
Livre para todos os públicos
Mais informações no Instagram: @ser.par.acao